A reportagem jornalística assenta necessariamente na fidelidade aos factos próprios de uma notícia. Por isso se distingue da ficção literária, onde a imaginação ultrapassa quase sempre a realidade.
Mas, ao mesmo tempo, uma reportagem não dispensa a criatividade de quem a faz: no estilo apurado e na predominância da humanização do relato transmitido através de texto, som ou por imagens.
Seja pela sua natureza impressionista do – e aqui o talento pessoal do respectivo autor é decisivo para a qualidade narrativa escolhida para jornal, rádio e/ou TV –, seja pelo pulsar das emoções e sentimentos das pessoas, seja pela vivacidade dos diálogos das personagens envolvidas, seja ainda pelo rigor dos locais e acontecimentos descritos.
É a combinação da objectividade exigida para a elaboração de uma simples notícia com a subjectividade inerente a outros géneros jornalísticos como a entrevista, a investigação ou a crónica que faz da reportagem a disciplina maior do jornalismo.