Vejamos, então, as frases:
(a) Parecia que as certezas eram incertas.
(b) As certezas parecia que eram incertas.
(c) As certezas pareciam serem incertas.
(d) As certezas pareciam incertas.
Na frase (a), a forma verbal parecia rege a oração integrante que se lhe segue. Na frase (b), passa-se o mesmo, porque a única diferença entre as duas frases está apenas na ordem das palavras.
Na frase (c), a forma verbal pareciam rege As certezas serem incertas.
Na frase (d), a forma verbal pareciam rege incertas.
Temos aqui três sintaxes do verbo parecer.
Nas frases (a) e (b), verbo impessoal seguido de oração subordinada integrante com o verbo em tempo finito.
Na frase (c), verbo impessoal seguido de oração integrante infinitiva pessoal – o sujeito de serem é As certezas. Isto é:
As certezas parecia serem incertas = Parecia / as certezas serem incertas.
Na frase (d), temos o verbo parecer empregado pessoalmente, porque tem pessoa, isto é, sujeito: As certezas. O elemento incertas é o predicativo do sujeito – de As certezas.
Vejamos a análise:
Frases (a) e (b):
Parecia – oração principal, cujo verbo é impessoal (não tem sujeito).
que as certezas eram incertas – oração subordinada à anterior integrante.
as certezas – sujeito.
eram incertas – predicado, em que incertas é o nome predicativo do sujeito.
Frase (c):
as certezas serem incertas – oração infinitiva integrante e subordinada à principal – parecia.
as certezas – sujeito.
serem incertas – predicado, em que incertas é o nome predicativo do sujeito.
Frase (d):
Só tem uma oração, em que:
As certezas – sujeito.
pareciam incertas – predicado, em que incertas é o nome predicativo do sujeito.