Sobre os apelidos (ou sobrenomes) Lafetá e Patalim, transcrevemos o que regista Manuel de Sousa, em As Origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas:
«Lafetá – Apelido de origem italiana usado por uma notável família da cidade de Cremona, no ducado de Milão, da qual um ramo passou à Flandres, na pessoa de Carlos d´Alfaiati – nome que naquela terra se grafou "Affaytadi" – ali se tendo dedicado ao negócio na segunda metade do século XV. Seria provavelmente seu irmão João Francisco d´Alfaiati, que veio instalar-se em Portugal durante o reinado de D. Manuel I, aqui se chamando de Lafeitar, Lafetat ou Lafetá, sendo esta última a forma que veio a prevalecer. Aquele João Francisco pôde reunir grande fortuna graças ao comércio de especiarias vindas da Índia, vindo a ser fidalgo da Casa de D. João III e comendador do Mogadouro, na Ordem de Cristo. Com a grande fortuna granjeada instituiu dois importantes morgados em favor de seus filhos naturais, cuja descendência continuou o apelido. As armas dos Lafetás são idênticas às dos Alfaiati italianos: de azul, com um castelo de ouro. Timbre: o castelo do escudo.»
«Patalim – Apelido que deve ser proveniente de alcunha e que já em 1319 era usado por Lopo Rodrigues Patalim e sua mulher D. Mor Pires, que instituíram um morgado na freguesia de São Pedro de Évora. Este apelido foi continuado pelo filho dos precedentes, Rui Rodrigues Patalim. São armas desta família: escudo esquartelado, sendo o primeiro e o quarto de ouro, com quatro faixas de azul, e o segundo e o terceiro de vermelho, com um castelo de ouro. Timbre: o castelo do escudo.»
A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira tem informação praticamente igual, e o mesmo se encontra em forma mais abreviada no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado.