Ora aí está, prezada consulente, um bico de obra que está longe de solução consensual. De qualquer forma, seguindo o Dicionário Terminológico (DT), que admite a existência de coordenadas explicativas (contrariamente a muitos estudos e nem todos muito recentes…), o exemplo que apresenta é semelhante ao que ilustra esse subtipo de coordenação no mesmo DT: «O João está com medo, que estou a vê-lo a tremer.»
Uma das razões que nos podem ajudar a decidir se uma dada oração é subordinada causal ou coordenada explicativa prende-se com o facto de, na coordenação, a oração que é introduzida pela conjunção não poder dar início à frase complexa em que se insere («*Que deixei o meu em casa, empresta-me o teu dicionário»), contrariamente ao que acontece com as subordinadas causais.