É efetivamente sinónimo de egocentrismo, surgido por aportuguesamento do francês nombrilisme (cf. Trésor de la Langue Française, versão em linha), que deriva de nombril, «umbigo», a que se associa o sufixo -isme, correspondente ao português -ismo. É provável que a autora em questão o tenha adaptado por iniciativa própria, porque não o encontro dicionarizado. Este galicismo só se justifica por um efeito estilístico, sugestivo do empréstimo frequente de nomes franceses (por exemplo, fauvismo, de fauvisme, por sua vez, de fauve, «fera», «pintor independente») para identificar vários movimentos nascidos no meio cultural e artístico, a que se alude na frase apresentada pelo consulente por meio da palavra «exposições».
Dito isto, eu diria que a palavra parece criação efémera, cujo significado é veiculado com vantagem por palavras há mais tempo disponíveis no léxico português como egocentrismo ou por criações que considerem a forma vernácula umbigo (cognato do francês nombril), da qual se poderia derivar "umbiguismo", ou o seu étimo latino umbilīcus, cujo radical permanece no adjetivo umbilical e poderá servir de base para a derivação da forma "umbilicalismo". De qualquer modo, compreendo que Clara Ferreira Alves não tenha querido arriscar o uso de um termo sem tradição e tenha preferido adaptar o francês nombrilisme, que tem certa carga de referências culturais.