O Ciberdúvidas
e as intervenções sobre o ensino do Português II
Acusam-me os responsáveis do Ciberdúvidas de laborar num equívoco. Como pai e como marido de uma professora de português, comecei há algum tempo a aperceber-me que se produzem textos muito bons sobre como fazer exame e que justificam opções no ensino do português. Vejo que há acções nas escolas que põem os meus filhos a ler como a minha geração nunca leu (e fico feliz por eles não lerem 'A morgadinha dos canaviais' com a idade em que li).
Onde estão esses textos representados no Ciberdúvidas? Procurei as entrevistas a autores desses no arquivo do programa de rádio e não encontrei. Todo o destaque é dado a textos de jornais. Quem não tem acesso aos jornais (quem não faz parte de certos clubes ou lobbies) não se vê representado.
Não tenho competência para fazer o comentário extenso que o texto da Maria Filomena Mónica merece, mas sei que saber ler uma obra não é saber a vida e a obra do seu autor. Também sei que o modelo que a Maria Filomena Mónica está a defender é o modelo em que posso ter 20 no exame sem nunca ter lido a obra, porque possibilita o estudo pela sebenta.
Mas, segundo me dizem, coisas destas já foram ditas por muitos. Mas o Ciberdúvidas só publica o que aparece nos jornais...
