Há poucos dias escrevi para o Ciberdúvidas colocando a questão do emprego do artigo definido com topónimos (a propósito da resposta de Rita Gonçalves a outro "ciberleitor"). Entretanto investiguei esta questão e descobri a seguinte passagem na Breve Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra, a propósito do emprego do artigo definido com os nomes próprios: «Sendo por definição individualizante, o nome próprio deveria dispensar o artigo. Mas, no curso da história, razões diversas concorreram para que esta norma lógica nem sempre fosse observada e, hoje, há mesmo um grande número de nomes próprios que exigem obrigatoriamente o acompanhamento do artigo definido. Entre essas razões, devem ser mencionadas: (...) b) a de ser o nome próprio originariamente um substantivo comum, construído com o artigo: o Porto, o Havre (francês "Le Havre" = o porto)...» (Cunha, Celso e Cintra, Lindley, Breve Gramática do Português Contemporâneo, 4ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, Lda., 1991).
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