Tanto está certa a construção «tomo a liberdade de o remeter» como «tomo a liberdade de vo-lo remeter».
No primeiro caso, o emissor diz apenas que toma a liberdade de remeter o cheque, utilizando o pronome o para substituir a palavra cheque.
No segundo caso, o emissor diz que toma a liberdade de remeter o cheque (utilizando o pronome o) e refere a quem o remete (uma segunda pessoa, a quem trata por vós). Ao utilizar os dois pronomes forma de complemento (complemento dire{#c|}to, o, e complemento indire{#c|}to, vos), o complemento indire{#c|}to precede o dire{#c|}to, como é norma, utilizando-se a forma lo e suprimindo-se o s final de vos: vos + o –> vo-lo.
Exemplos:
(1) «Tenho o prazer de oferecer este livro ao meu aluno» = «Tenho o prazer de lho oferecer»
(2) «Tenho o prazer de vos oferecer este livro» = «Tenho o prazer de vo-lo oferecer»
(3) «Tomo a liberdade de vos enviar o livro» = «Tomo a liberdade de vo-lo enviar»
(4) «Tomo a liberdade de vos pedir uma opinião» = «Tomo a liberdade de vo-la pedir»