Nos seus dicionários etimológicos da Língua Portuguesa, José Pedro Machado (Horizonte, Lisboa, 1995) e Antônio Geraldo da Cunha (Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1982), de acordo com Morais, indicam – sem pormenores – o século XVII como o do primeiro registo português do substantivo feminino utopia. O termo entrou na nossa língua através do francês "utopie", a partir do topónimo Utopia criado em livro homónimo pelo escritor inglês Thomas More (1480-1535).
Segundo Geraldo da Cunha, o substantivo e adjectivo utopista terá tido o primeiro registo português em 1874, no dicionário de Domingos Vieira (do francês "utopiste"), e o adjectivo utópico em 1881, no dicionário Aulete (do francês "utopique").
Recorde-se que "Utopia" (lugar ideal, que não existe) se publicou em 1515 (dic. Oxford). Para formar a palavra, More recorreu aos elementos gregos "óu" (= não) e "tópos" (= lugar).