«Trapo» é datado de 10-9-1930 e saiu na revista «Presença», n.º 31-32, em Março-Junho de 1931. As diferenças são ligeiríssimas em relação à edição crítica. Com poemas atribuídos a Campos datados de 1914 a 1935, a inclusão de «Trapo» na II Parte da edição Ática só poderá significar que, embora dos mais curtos desta secção, ele vive de uma toadilha repetitiva, entre anaforizante e saudoso de uma harmonia de refrão, ecos esses prolongados nos mais largos textos, constituídos pelas odes e outros que lhe são contíguos. A palavra-título, não mais repetida, é sintomática, ainda, de um estado de coisas que transcende a solidão do sujeito, suas perdas, e reticências – trata-se, ao mesmo tempo, de um país inacabado, exclamativo e modorrento, já sob a batuta de Salazar. Tem, igualmente, de bastante «presencista» o modo como convoca a infância. É quanto se pode dizer – para um autor em quem as fases se interseccionavam...