DÚVIDAS

Soneto com vocabulário estranho

Já vi o soneto abaixo transcrito em vários sítios da Internet. Pode ser que seja um logro, mas eu não entendo uma única palavra do que nele se fala. Será possível o Ciberdúvidas ajudar-me quanto ao seu sentido, ou esclarecer se é tudo inventado, ou se poderemos chegar às palavras etimologicamente porque a maioria não encontro nos dicionários? Obrigado.

«A UMA DEUSA:

Tu és o quelso do pental ganírio
saltando as rimpas do fermim calério
carpindo as taipas do furor salírio
nos rúbios calos do pijom sidério

és o bartólio do bocal empírio
que ruge e passa no festim sitério
em ticoteios de partano estírio
rompendo as gâmbias do hortomogenério

teus lindos olhos que têm barlacantes
são camençúrias que carquejam lantes
nas duras pélias do pegal balônio

são carmentórios de um carce metálio
de lúrias peles em que pulsa obálio
em vertimbáceas do pental perônio.»

Luís Lisboa, poeta maranhense.

Resposta

O que me parece evidente é que se trata de um jogo do absurdo, difícil de decifrar sem uma chave, ou código. Não estando na posse desses elementos, não me é possível desvendar o seu sentido, aliás recentemente reconhecido como inexistente noutra página:

«Um jornal publicou, certa vez, um negócio que pretendia ser uma poesia: "Tu és o quelso do pental ganírio, carpindo as rimpas do fermim calério. Flufando as taipas de rubor calírio, nos rúbios carvos do pijon sidério". Lógico que ninguém sabe o que é isto, porque na verdade não é nada mesmo, mas fez o maior sucesso.»

http://www.itatiaia.com.br/rede_itatiaia/novidades_novidade.php?nk=431

Posso apenas sugerir-lhe que tente localizar o autor, pois é o único que o poderá ajudar.

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