Na senda de Herder, Humboldt, Whorf-Sapir, que estudaram as relações entre língua-nação e língua-etnia, Nicolau Marr estudou a língua como superestrutura e fenómeno de classe, aspecto tão patente nos linguistas marxistas como num William Labov, que notou as variações fonéticas do inglês nova-iorquino em função da origem social. A relação entre classes sociais e códigos socio-semânticos será problematizada em Bernstein e M. A. K. Halliday. Mas falar de tudo isto, que nos levaria, ainda, à dialectologia e à etnolinguística, não cabe aqui. Recomendamos, assim, J. B. Marcellesi e B. Gardin, Introduction à la Sociolinguistique, Paris, Larousse, 1974 (conhecemos tradução, Introdução à Sociolinguística, Lisboa, Aster, 1978), com bibliografia bastante e útil índice das matérias.