DÚVIDAS

Sobre as pronúncias com vogais abertas

A propósito da ortoépia de «copinho» e de «pedrinha», F. V. P. da Fonseca assevera que «As formas com o 'o' e o 'e' abertos, como em 'copo' e 'pedra', são dialectais, nortenhas». Conhecerá todo o país para que possa arrogar-se o direito de ser tão peremptório? Será a cidade de Coimbra também «nortenha»? Em que vocabulários ortoépicos se fundou, para poder epitetar de «dialectais» as pronúncias com vogais abertas? Aconselharão tais obras, bem como a sapiência do distinto consultor, o fechamento das vogais em casos como os de «baldinho», «cafezinho», «pezinho», «rosinha» ou «pozinho»?

Resposta

Sem entrar em polémicas (em que não estou minimamente interessado), apontei, de facto, a pronúncia culta de Lisboa (ou se preferir entre Lisboa e Coimbra), pois, como é sabido, em Portugal e noutros países (França e Roménia, por exemplo) é das classes cultas da capital que se considera padrão, ensinando-se nas escolas, nos leitorados do estrangeiro, etc.
O a de baldinho não se fecha dada a especificidade do a de al, que é sempre aberto. Rosinha fecha o o, evidentemente. Pezinho e pozinho não fecham o e nem o o de e de , porque se trata de vocábulos agudos.

Obs. – Quanto a Tomaz, a ortografia é Tomás, mas é lícito escrever os nossos nomes com os erros que quisermos.

 

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