Não tenho acesso a fontes que se refiram à etimologia do adjetivo («roupa pirosa») e substantivo («um piroso») em questão. O dicionário da Academia das Ciências de Lisboa classifica piroso como um derivado sufixal de pires e nada mais. No entanto, na Internet, encontro a seguinte proposta feita em comentário (mantenho a ortografia original):
«E o ser "piroso", ouvi hoje de manhã na rádio, tem que ver com esta história:
Por volta dos anos 50, terá surgido em Lisboa uma loja de confecções que, a dado momento, passou a ser comummente conhecida por disponibilizar roupas muito pouco reconhecidas na sua beleza (talvez fora de moda, talvez ridículas, talvez meio bregas, não apanhei bem...?!). Essa casa tinha por nome o apelido do seu proprietário: "Pires".
Vai daí que passou-se a dizer, quando se via alguém menos bem vestido: – "Estás muito [à] Pires, hoje"; ou (essa a que pegou): – "Que coisa pirosa!/que piroso!"» (blogue Eucerejinha).
Infelizmente, não vejo esta narrativa confirmada noutras fontes, pelo que, por enquanto, a apresento como mera hipótese.