O Dicionário de Questões Vernáculas de Napoleão Mendes de Almeida diz, na entrada Ou, o seguinte:
«Quando o sujeito composto é ligado por ou, o verbo:
«a) ficará no singular se houver exclusão, isto é, se não for possível a ação conjunta dos dois sujeitos: ‘O pai ou o filho será eleito presidente’ – ‘Ou o pai ou o filho será eleito presidente’ (caso seja eleito um, o outro não será) – ‘Ou um ou outro sairá certo’;
«b) irá para o plural se a ação couber a todos os sujeitos: ‘O bacharel formado ou o pároco pensionista podem ser oficiais do Registro Civil’ – ‘É claro que a ventura ou a desdita residem nos objetos com os quais nos pomos em contato’ – ‘A charneca ou paul não se convertem em vinha’ – ‘... cuja prorrogação ou cancelamento deveriam ter sido solicitados’.
«Se neste caso o sujeito for constituído de pessoas gramaticais diferentes (1.ª e 2.ª, 1.ª e 3.ª, 2.ª e 3.ª), o verbo irá para o plural, mas para o plural da pessoa que vem em primeiro lugar na ordem da gramática, se bem que alguns prefiram a concordância com o pronome mais próximo: ‘O aluno ou eu devemos recordar as lições’;
«c) se o verbo vem anteposto, concorda com o primeiro sujeito: ‘Ou pagas tu ou eu’ – ‘Mas aqui entra a dúvida ou admiração’;
«d) se houver diferença de número entre os sujeitos, o verbo irá para o plural: ‘O outro, ou os outros, servem somente para...’.»
O exemplo apresentado enquadra-se, geralmente, na alínea a).