Eça de Queirós dizia que os devíamos pronunciar «patrioticamente mal», isto é, segundo as nossas regras.
Não serei tão radical: há momentos em que é ridículo pronunciar o r gutural à francesa (como se tivéssemos uma espinha na garganta), ou rolado à inglesa (como se tivéssemos a boca cheia de berlindes, à «la» Elisa Doolittle em «My Fair Lady»). Outros momentos há em que melhor nos faremos entender pronunciando segundo as regras da língua estrangeira. Tudo depende da nossa intuição e sensibilidade ao meio.