O apelido em questão deveria ter o aberto na primeira sílaba. Com efeito, lê-se no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado: «Cortes. apel. [...] É o pl. de corte (ó), não de corte (ô) [...].»
É provável que tenha origem no topónimo Cortes, frequente em Portugal e na Galiza, «pl. do s. m. corte (ó) [...]» (idem).
No entanto, não é impossível que o apelido se pronuncie também com o fechado, seja porque tem origem num topónimo (recorde-se, por exemplo, que «as cortes» foram durante muito tempo uma forma de referir o edifício da atual Assembleia da República em Lisboa), seja porque, por efeito da analogia com a palavra corte, «séquito real», se operou o fechamento da vogal em causa.