Por mais/por muito
Gostaria que me ajudassem a analisar as seguintes frases com as conjunções concessivas «por mais que/ por muito que», nos seguintes exemplos:
1. Por mais que eles se tenham fartado de insistir, eu não vou ao teatro.
1'. Por mais que eles tenham insistido...
2. Por mais que a carne seja muito cara, eu continuo a comprá-la.
2'. Por mais cara que a carne seja...
3. Por muito que ele estude muito, não conseguirá.
3'. Por muito que ele estude...
4. Por muito que o tempo esteja muito frio, eles saíram de casa.
4'. Por muito frio que o tempo esteja...
5. Por muito que o quadro seja antiquíssimo, eu compro-o.
5'. Por muito antigo que o quadro seja...
As dúvidas colocam-se-me, por uma lado, dentro do paradigma de funcionamento das conjunções concessivas e, por outro, nas suas relações sintagmáticas e sentidos obtidos, a saber:
a) Será que poderemos isolar o valor de «mais e muito» dentro do funcionamento de cada conjunção, de maneira que se torne redundante em relação a "fartar" (1), "muito cara" (2), "estude muito" (3), "muito frio" (4) e "antiquíssimo" (5)?
b) Ou será que «por mais que, por muito que», devem ser entendidas enquanto uma unidade invariável e inseparável no seu sentido?
c) Até que ponto as frases 2, 3, 4 e 5 são aceitáveis gramaticalmente, pelo facto de colocarem a ênfase/intensidade ao incluirem o advérbio de quantidade muito em "muito cara", "estude muito", "muito frio" e o grau superlativo do adjectivo "antigo"?
d) Há ou não diferenças de sentido entre cada um dos pares das frases apresentadas? Serão as 2', 3', 4' e 5' unicamente as correctas?
Agradeço, de antemão, toda a vossa colaboração
Cordialmente.
