Começamos por retribuir os seus agradecimentos.
Não se preocupe com as diferenças ortográficas entre Portugal e o Brasil. Na realidade, são pouco significativas, graças ao bom entendimento que tem havido entre os cientistas dos nossos dois países. Se nos escrever com as suas normas ortográficas (quase iguais às nossas, ponto por ponto), pode ter a certeza de que a mensagem é perfeitamente entendida. E em Ciberdúvidas não nos consideramos detentores da pureza da língua. Aliás, até escrevemos em dupla grafia, para não induzir em erro os leitores que não sigam exactamente as nossas variantes.
Ora, a diferença entre as grafias económico e econômico é o resultado da diferença de timbre com que a palavra é pronunciada, com tónica semiaberta em Portugal, semifechada no Brasil. No novo acordo aceita-se mesmo que são correctas as duas variantes (dupla grafia).
A língua escrita é praticamente a mesma, cara companheira de estudo. É facto que a fala difere, como, por exemplo, na vossa abertura e na nossa fonofagia das vogais; mas até num mesmo país temos dialectos cerrados que são bem diferentes da pronúncia padrão... E vamos, por isso, considerar que se trata de uma língua especial, se na escrita as diferenças são mínimas?
Quanto à gramática portuguesa aconselhada, olhe, eu considero de consulta básica também a do brasileiro Celso Cunha (colaboração do português Lindley Cintra). Já vê...
Siga as regras correctas que lhe ensinaram. No universo da comum língua, as variantes são todas legítimas.
Ao seu dispor,