Segundo a Gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, chamam-se modos as diferentes formas que toma o verbo para indicar uma ação, uma atitude (que pode ser de certeza, de dúvida, de suposição, de mando, etc.) da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia.
Os modos dos verbos na língua portuguesa são três: o indicativo, o conjuntivo/subjuntivo e o imperativo. Mas por ora ficaremos pelos dois primeiros:
a) O modo indicativo serve para exprimir uma ação que consideramos certa de acontecer, esteja ela no passado, no presente ou no futuro. Assim procedendo, nos exemplos "podemos controlar a umidade/humidade e a temperatura" ou "a umidade/humidade e a temperatura podem ser controladas" fica expressa a certeza de que a ação acontecerá;
b) O modo subjuntivo (conjuntivo no português europeu) serve primeiramente para enunciar a nossa atitude de dúvida, de incerteza, de eventualidade no tocante à realização ou não da ação, e assim podemos dizer "talvez possamos controlar a umidade/humidade e a temperatura" ou "talvez a umidade/humidade e a temperatura possam ser controladas". No entanto, segundo os mesmos autores acima citados, o emprego do subjuntivo também indica que uma ação, ainda não realizada, é concebida como subordinada a outra, expressa ou subentendida, de que depende diretamente; tomemos então a sua dúvida:
Qual é a função de um ar condicionado?
"É criar uma atmosfera onde temperatura e umidade/humidade possam/podem ser controladas"
Há duas orações no enunciado acima: 1.ª) É criar uma atmosfera; 2.ª) onde temperatura e umidade/humidade possam ser controladas. Nesse caso, o advérbio "onde" funciona como elemento que estabelece relação de subordinação entre as orações. O mais indicado é, pois, escrever possam (3.ª pessoa do presente do subjuntivo/conjuntivo).