O uso do plural implica, tipicamente, a existência de algum tipo de delimitação das entidades designadas pelos sintagmas nominais, ou seja, a possibilidade de as identificar enquanto unidades autónomas ou discretas. O plural aplica-se quando nos queremos referir a um conjunto de entidades delimitadas da mesma natureza.
Ora, normalmente, um tal requisito poderia parecer impossível quando aplicado a uma expressão como Administração Pública, na medida em que, à primeira vista, esta não seria delimitável. No entanto, existem contextos em que uma tal delimitação é possível, viabilizando, assim, o plural da referida expressão. Por exemplo em «As Administrações Públicas dos diversos países europeus», o uso do plural é perfeitamente justificado na medida em que cada Administração Pública de um país pode ser encarada como uma entidade autónoma e, nesse sentido, fazer parte de um conjunto de várias entidades "independentes" do mesmo tipo.