Agradeço ao Snr. Valdir Fonseca a sua nota.
Se reparou bem, eu disse, na minha resposta (14 de Abril de 1999), que ignorava a forma como o acrónimo da empresa está registado. Limitei-me a seguir a grafia, toda em maiúsculas, que aparecia na consulta. Se diz que é Petrobrás, muito bem.
Penso, no entanto, que a regra estabelecida por si não pode ser generalizada na nossa comum língua. Por exemplo, numa pequena revista sobre imóveis, que tenho à minha frente, leio como acrónimos de empresas: Somimpor (de facto, esta só com maiúscula inicial), mas também: PRODUC, JOPREDI, MUNDIMO, PREDIJOTA, PREDITUR (tudo em maiúsculas) ou predinunes (tudo em minúsculas). Como se verifica, a grafia do acrónimo depende da escolha da empresa.
Como já tenho escrito, a língua deve obedecer a regras, para que mantenha a sua identidade e para que constitua um meio de comunicação em que todos se entendam (é essa uma das funções das normas: a uniformização). Mas, por outro lado, para que não estratifique em modelos obsoletos, a língua precisa de alguma liberdade. Regras desnecessárias só servem para a espartilharem desnecessariamente e lhe roubarem a sua versatilidade.
No caso presente, de siglas e acrónimos, as regras que recomendo são unicamente:
SIGLAS: Primeira letra de cada palavra; conjuntos de letras independentes; maiúsculas obrigatórias; sem pontos, nem plurais (ex.: as PCH e não as PCH's).
ACRÓNIMOS: Autênticos vocábulos, no seu conjunto de letras; formados por letras ou sílabas de outras palavras; com acentos, mas escritos livremente (maiúsculas ou minúsculas).
Ao seu dispor,