Os dois verbos coincidem, de facto, no sentido de «dar em garantia»,«dar em penhor», ou seja, contrair uma dívida dando como garantia de pagamento um bem, um objecto de valor. Não sei se terá idade para se recordar do tempo em que comprar a crédito era desonra, e «estar empenhado» dava direito a suicídio...
Hoje, os «consumidores» têm cartões de crédito, compram alegremente a prestações, com cheques pré-datados, hipotecam a casa e o quintal, sem que a sua honra se sinta beliscada...A coisa complica-se é quando o tribunal executa as dívidas e penhora os bens. Mas enquanto isso não acontece, o nosso consumidor pode continuar empenhadíssimo em descobrir as últimas novidades em aparelhagens de som, agradecendo penhorado a benevolência do banco que lhe «deu» aquele mágico cartãozinho dourado.