De facto, o verbo pegar tem dois particípios: pegado e pego.
Em Portugal, não se costuma usar pego. Não me recordo de o ter ouvido nem lido. Usa-se no Brasil, como o atesta o Dicionário Aurélio.
Com os particípios duplos, é de regra, embora haja excepções, empregar o irregular com os verbos ser e estar: Ele esteve/foi solto; e o regular com os verbos ter e haver: Ele tem/há soltado.
Resposta às dúvidas:
1. - Estamos em presença duma regra isolada dum gramático. A Novíssima Gramática da Língua Portuguesa de Domingos Paschoal Cegalla, do Brasil, menciona os dois particípios. As gramáticas portuguesas, não.
2. - Em Portugal diz-se «ele foi/esteve pegado».
3. - A pronúncia de pego é a seguinte: pê-go.
Nota. - Peço licença para corrigir o seguinte:
a) Não é correcta a forma verbal «poderia-se dizer», mas sim «poder-se-ia dizer».
b) «Se, ao contrário, haja...». O tempo correcto não é o presente do conjuntivo, mas o futuro do conjuntivo. «Se, ao contrário, houver...».