TAC (ou T.A.C.), é o acrónimo de Tomografia Axial Computadorizada, tal como RMN (ou R.M.N.), o é de Ressonância Magnética Nuclear.
As obras abaixo indicadas consideram estas duas designações como substantivos femininos.
Tomografia com origem nos vocábulos gregos TOMĚ,ÊS (corte, separação) e GRAPHĚ, ÊS (escrita, escrito, convenção, documento, descrição) designa a técnica radiográfica que regista um determinado plano do objecto de estudo.
Sinónimos não utilizados são a estratigrafia, laminografia, planigrafia, radiotomia e vertigografia, segundo o Dicionário Enciclopédico de Medicina na tradução de Artur do Céu Coutinho do «Black’s Medical Dictionary».
Segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo: «Tomografia axial computadorizada, 1. s.f. Med. Tomografia em que o aparelho de raio X está fixado num eixo (linear ou circular) e a sua actuação é controlada por computador. É normalmente conhecida pela sua abreviatura TAC ou T.A.C.».
RESSONĀNTIA, Æ significa em latim rebombo, eco, segundo o Dicionário de Houaiss da Língua Portuguesa. «Ressonância Magnética, método de análise espectroscópica fundada nas transições induzidas em certos níveis de energia de um átomo, ião, molécula, submetidos a um campo magnético» citando o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa.
A omissão do termo “Nuclear” na descrição da técnica ou do seu registo em imagem, também surge em algumas publicações e, sobretudo, na fala coloquial, infiel às academias, que tudo simplifica e muda .
No «Retalhos da Vida de um Médico», o médico e escritor português Fernando Namora escreveu em 1948 no conto “Mais curandeiros”: «Mas o doente nunca é fiel ao seu médico ou ao barbeiro: vai a Espanha aos “raios X” (e vem de lá com um relatório radioscópico que é invariavelmente uma úlcera gástrica, exigindo dietas circunstanciadas e um lote inconcebível de medicamentos onde raras vezes falta a insulina).»
Miguel Torga, companheiro de andanças pela serra, no amparo de doentes, de Fernando Vale – agora entrevistado pelo “Expresso” – nas últimas páginas do seu «Diário» separou, com um período solene, a técnica de transfundir do líquido que lhe transfundiram:
«Coimbra, 3 de Julho de 1991 – Transfusão. Quando era médico de verdade e a fiz a muitos doentes, não se falava em sida, hepatites várias e outras misérias. Quando de braço a braço, o sangue corria generoso e identificado do dador ao receptor. Agora tudo mudou.»
N.E. — Como qualquer sigla, TAC não se pluraliza: as TAC.