No âmbito da música, tem-se usado o substantivo inglês cover para designar uma nova versão de uma canção já existente. Normalmente, assume-se que o nome é masculino, ou seja, é antecedido por um determinante masculino: fala-se de «um cover» e não de «uma cover».
No entanto, para além de ser completamente desnecessário usar esse estrangeirismo, parece-me absurdo tratá-lo como se fosse masculino quando a palavra inglesa é de género neutro e quando a sua tradução mais óbvia em português pertence ao género feminino. Mas trata-se de um dos muitos absurdos que vão vingando na língua, quer queiramos, quer não...