Podemos talvez considerar o pretérito imperfeito do indicativo com uso estilístico quando empregado com o valor de condicional: «gostava de lá ir», em vez de «gostaria de lá ir». E ainda mais com o valor de presente do indicativo; por delicadeza, «quero isto» passa a «queria isto».
O conjuntivo, como se diz em Portugal, pode ter valor estilístico quando se queira acentuar a dúvida (por exemplo, nesta frase, em lugar de «quando se quer acentuar a dúvida»).
Na estilística está sempre assimilada a ideia de afastamento da norma. Se, num texto qualquer, esse afastamento for constante, poder-se-á dizer que existe coerência estilística (ou, claro, se também não houver, em todo ele, qualquer desvio da norma).