De maneira nenhuma se pode admitir que a grafia estrangeira de qualquer termo tenha sido incorporada na língua portuguesa. Para serem considerados portugueses, todos os termos do léxico devem estar de acordo com a índole da nossa língua. Esta é uma questão fundamental. Os dicionaristas poderão discricionariamente incluir termos estrangeiros num dicionário da língua portuguesa, para facilitar a vida ao utente (eu preferia que o fizessem em separata, para sublinhar bem a diferença), mas então, pelo menos, devem indicar que se trata de termo estrangeiro. O dicionário Aurélio, por exemplo, sublinha-o bem.
Por exemplo, em «meeting», «briefing», «dossier», «expert», «Kírie» (repare nas aspas, indispensáveis) o dicionário ACL-Verbo escreve entre parênteses o país a que devemos atribuir estes termos estrangeiros. A indicação V. remete para o termo que a obra propõe ou adaptou para substituir a grafia estranha: reunião, brífingue, etc. (brífingue já sem aspas porque a palavra está bem formada). O que se pode é discordar da adaptação (acontece isto, por exemplo, no meu caso, nos inaceitáveis "stafe", "stande", "stresse", etc., em que, então, acho preferível escrever na língua de origem, sempre entre aspas ou em itálico..., para não adulterar a nossa).
A sua confusão, natural, é o resultado da profusão de termos com grafia estrangeira que o dicionário ACL-Verbo incluiu num dicionário da língua portuguesa.
Lembra-se que Congresso Brasileiro está em vias de publicar uma lei que proíbe os estrangeirismos (vd. Diversidades). Bons irmãos que defendem a nossa comum língua.
Quanto à referência `o m. q.´, esta significa que, do ponto de vista dos autores da obra, tanto é correcto/correto usar um termo como o outro. Mas uma das alternativas pode ser preferível.
Ao seu dispor,