Rebelo Gonçalves, no Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra Atlântida – Livraria Editora, Coimbra, 1947), pg. 288, dá razão a quem escreve Mira de Aire. Entre os exemplos de «combinações vocabulares que apresentem a preposição de com e elidido» e não pedem apóstrofo, este filólogo indica mesmo serra de Aire (de onde deriva o nome desta vila do distrito de Leiria).
José Pedro Machado também prefere Mira de Aire na pg. 997 do "Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa", Editorial Confluência, Lisboa, 1994, pg. 997. Mas, na pg. 67, certamente por lapso – raro neste estudioso –, menciona «Mira d'Aire». Decerto se fará a correcção em próxima edição desta obra excelente, que só a peso de ouro se encontra num ou noutro alfarrabista.
O "Dicionário Corográfico de Portugal", de A.C. Amaral Frazão, Editorial Domingos Barreira, Porto, 1952, esse, ainda é mais radical na alteração do nome da vila: «Mira Daire»...