Penso que se deve usar o feminino sempre que o título permita a variação natural em género (ex.: juiz/juíza, ministro/ministra, presidente/presidenta, etc.).
Nos novos tempos, em que as mulheres estão a mostrar competência nas profissões antigamente só reservadas aos homens, não faz sentido considerar que o género masculino é que representa uma dada profissão ou um dado cargo.
Faço porém uma ressalva: algumas designações no género feminino poderão ainda tomar um ar pejorativo, se ditas em sentido trocista. É, por exemplo, o caso de `chefa´ e o de mestra (neste caso podendo ser associado a `mestra de costureiras´, um cargo respeitável, mas uma comparação inferiorizante, em relação a um grau académico, e de nível já elevado). Poderá ser sempre a mesma resistência à afirmação da mulher, mas é preciso contar ainda com isso.
Em Portugal, a designação de `chefa´ não terá entrado completamente, e é preciso ponderação no seu uso; mas já é vulgar dizer-se que uma senhora é mestra (com o grau académico) em determinado ramo de conhecimentos. Contudo, alguns linguistas portugueses preconizam a distinção entre mestra e grau de mestre (ex.: `esta senhora é mestra em Literatura Moderna´, esta senhora tem o grau de mestre, ou um mestrado, em Literatura Moderna´).
Ao seu dispor,