A palavra francesa "mayonnaise" (com duplo n) tem mesmo esse aportuguesamento ortográfico, como poderá confirmar em qualquer bom dicionário: maionese. Nem podia ser de outra forma: esta é a grafia, na nossa língua, que respeita o mais aproximadamete a pronúncia francesa de "mayonnaise".
[Sobre a palavra maionese, aportuguesamento do francês mayonnaise, transcrevemos, com a devida vénia, o que registou Deonísio Silva, no seu livro A Vida Íntima das Palavras: «(…) Sua receita inclui azeite, vinagre, sal e gema de ovo. Já integrava os pratos da localidade de Mahón, capital de Minorca, uma das ilhas Baleares da Espanha, quando os franceses, em 1756, atacaram navios ingleses com carregamentos destinados a portos espanhóis do Levante. Cansado de todos os dias comer comer pratos à base de peixes, que peixes, que podiam ser pescados com as mãos, de tantos que havia, o comandante francês Louis François Armand de Vignerot du Plessis, duque de Richelieu, experimentou certo dia um prato estranho que, entretanto, muito agradou a seu paladar, sendo aplaudido também por todos os oficiais.. O duque, culto, grande amigo de Voltaire e apreciador dos prazeres da mesa, batizou a iguaria com o nome de sauce mahonnaise, molho de Mahón. Seus soldados continuaram comendo peixe seco, mas os oficiais não. E meio século depois o vocábulo designado a saborosa comida já estava nos dicionários franceses. Parodiando Carl von Clausewitz, o general e teórico prussiano que disse que a guerra é um avanço em relação à paz, a guerra é um avanço também em relação à culinária.»]