No meu ponto de vista, a grafia correcta do neologismo em causa é: logossímbolo. Os elementos devem aglutinar, duplicando o s, como em termossifão, palavra já há muito no léxico. No completo «Vocabulário» da Academia de Letras do Brasil, estão também registados: logossilabário, logossilábico, logossílabo, o que confirma a afirmação que fiz.
Quanto a logótipo – ou logotipo, mais usual e considerado incorrecto –, este termo na língua portuguesa tem duas acepções principais (DA e Houaiss):
1. Termo de tipografia, representando um grupo de letras reunidas numa só peça.
2. Símbolo que serve à identificação duma empresa, marca, etc.
Ora o elemento de formação `logo-´, do grego `lógos´, exprime a ideia de linguagem, palavra, proposição, razão, estudo, etc. Assim, presumo que logossímbolo será aplicado com o sentido expresso em 2., para logótipo. Terá vindo do inglês, “logosymbol”, para o distinguir de “logotype” (este só com letras).
É preciso, no entanto, cuidado com o facto de que o termo logótipo na língua portuguesa já está consagrado também com a referência a símbolo. As novas palavras podem ter inconvenientes: primeiro, dificultarem a mensagem aos não iniciados (serem esotéricas); depois, não passarem de meras duplicações no léxico, nem sempre com vantagem.
Para completo esclarecimento deste assunto e atendendo às minhas dúvidas sobre a necessidade imperiosa de logossímbolo, agradeço que o companheiro Nelson Soares nos esclareça melhor sobre a utilização que está a ser dada ao termo.
Ao seu dispor,