Não compreendi muito bem que tipo de relação quer que eu estabeleça entre os termos que refere. De uma forma muito genérica, podemos considerá-los como pertencentes a um campo temático (da didáctica das línguas, da linguagem, por exemplo).
Linguagem em sentido lato é o meio de comunicação utilizado por uma comunidade humana ou animal para transmitir mensagens. O termo linguagem pode designar sistemas de signos directos ou naturais (a linguagem humana articulada, a linguagem dos golfinhos, por exemplo) ou sistemas secundários, elaborados a partir da linguagem humana para fins específicos de comunicação (o código da estrada, o código morse, por exemplo.). Linguagem é frequentemente sinónimo de "palavra", na acepção de "faculdade de falar".
Gramática é um termo que pode ser definido de variadíssimas maneiras, consoante a situação em que é utilizado. Escolho estas duas, genéricas: disciplina que estuda as regras de organização de uma língua; estudo sistemático, científico e lógico do mecanismo e fenómenos da língua.
Hoje, o termo gramática não aparece isolado, mas, sim, com um especificador que lhe restringe e determina o âmbito: gramática categorial, ___ central, ___ comparativa, ___ da frase, ___ da produção, ___ de caso, ___ de dependências, ___ de estados finitos, ___ de história, ___ de Montague, ___ de valências, ___ descritiva, ___ do discurso, ___ do reconhecimento, ___ estratificacional, ___ explícita, ___ filosófica, ___ formal, ___ funcional, ___ funcional lexical, ___ generativa, ___ histórica, ___ implícita, ___ interiorizada, ___ nocional, ___ normativa, ___ pedagógica, ___ pivot, ___ relacional, ___ sintagmática, ___ sintagmática generalizada, ___ sistémica, ___ tagmémica, ___ teórica, ___ tradicional, ___ transformacional, ___ universal.
Ensino é a acção ou efeito de ensinar, de ministrar conhecimentos. Consoante os contextos, pode ser sinónimo de docência, educação, escola, instrução, lição, magistério.
Competência comunicativa compreende não só o conhecimento implícito que qualquer locutor/alocutário tem da sua língua, a interiorização de um sistema de regras que permite ao cérebro produzir e compreender um número infinito de enunciados, como o conhecimento prático e não necessariamente explicitado que esse falante tem das regras psicológicas, culturais e sociais que comandam a utilização da fala num enquadramento social. A competência comunicativa exige o domínio de códigos e de variantes sociolinguísticas, bem como um saber pragmático relativamente às convenções enunciativas que estão em uso na comunidade em que se integra.