Ainda sobre o antropónimo Kabila (cf. Respostas Anteriores), gostaria de precisar o seguinte:
A palavra Kabila é uma expressão da língua swahili, que significa "tribo". Swahili, ou kiswahili, é um idioma (e não um simples dialecto, como tenho lido na imprensa portuguesa) com origem no persa, no árabe e nas línguas bantu locais. O swahili («os da costa») é hoje falado no Quénia, na Tanzânia, no Malawi, em Moçambique, no ex-Zaire, no Uganda, no Congo Brazaville, no Burundi, no Ruanda, na República Centro-Africana, nas Comores, em Omã, nos Emirados Árabes, na África do Sul e na Zâmbia.
Só o afrancesamento da palavra pode explicar a sua acentuação aguda.
Em Portugal, Kabila deve ser pronunciado como se se tratasse de uma palavra portuguesa ou castelhana, sendo o mais natural, na feição portuguesa, a acentuação na vogal i: /Ka-bí-la/. Ou /Ca-bí-la/, se se quiser o seu total aportuguesamento, como sugere o dr. José Neves Henriques. No português falado em Angola, por exemplo, a tendência já será para acentuar as duas primeiras vogais.
No entanto, o ritmo dos nomes anteriores de Kabila, Laurent Desiré (ambos agudos), pode provocar, por comodidade, a pronúncia /Kabilá/.