O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (2009), da Porto Editora, já regista as formas aportuguesadas Islamabade e Zagrebe, respeitando a recomendação do Acordo Ortográfico de 19901.
No entanto, não podemos deixar de referir que o mesmo AO aceita a manutenção da grafia estrangeira dos topónimos (e dos antropónimos) terminados em b, c, d, g e h2. Perante isto, apercebemo-nos de que são, também, legítimas as formas estrangeiras Islamabad e Zagreb3 (como se encontram registadas no Dicionário de Gentílicos e Topónimos, do Portal da Língua Portuguesa, da responsabilidade do ILTEC).
1 O ponto 6 da Base I do AO diz o seguinte: «Recomenda-se que os topónimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra; Jutland, por Jutlândia; Milano, por Milão; München, por Munique; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc.».
2 Conforme se pode verificar pelas indicações do ponto 5 da Base I: «As consoantes finais grafadas b, c, d, g e h mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e topónimos/topônimos da tradição bíblica; Jacob, Job, Moab, Isaac, David, Gad; Gog, Magog; Bensabat, Josafat.»
3 O gentílico de Zagreb já tem forma aportuguesada: zagrebino, como atesta o Dicionário de Gentílicos e Topónimos citado.