O termo “instanciação” aparece registado nos dicionários de informática. Vou referir-lhe dois deles.
No Dicionário de Termos Informáticos, do ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional), 1993, é referido o seguinte significado: processo que consiste em substituir uma variável, capaz de representar os objectos de um dado conjunto, por um objecto desse conjunto. Através deste processo, cria-se um exemplo particular (instância) de um conceito abstracto. A instância (objecto que se adequa a uma descrição normalizada num certo nível) possui as particularidades gerais de um objecto abstracto. Estas propriedades herdadas são combinadas com as propriedades inerentes.
No Dicionário Breve da Internet e Redes, de Luís de Campos e Carlos Sanches, 1999, aparece registado o termo inglês “instancing”, traduzido por “instanciação”, que, em VRML (“Virtual Reallity Markup Language”), é a operação que consiste em dar um nome a um nó já definido no grafo de cena, com a finalidade de criar vários exemplares desse nó. É habitual, em VRML, usar cópias ou instâncias da mesma forma, o que se faz com a função USE, a qual pede ao utilizador para fazer uso de um nó predefinido. A instanciação é uma das características de base da programação por objectos. Também se aplica à JAVA.
No Dicionário Aurélio Século XXI, 1999, o termo “instância” aparece com estas duas acepções relativas à informática: cada um dos objectos criados durante a execução de um programa; cada uma das execuções de um programa, realizadas durante uma mesma secção do sistema operacional.
As palavras “instância” e “instanciação” neste contexto não têm, pois, que ver directamente com “instante”(tempo muito curto), mas com a palavra inglesa “instance” (exemplo, circunstância, caso), presente na expressão “for instance”, que significa “por exemplo”.