Vejo como algo de imprescindível.
As gramáticas normativas exerceram no passado e exercem no presente uma função muito importante na divulgação de informação sobre a norma da língua, factor de identidade e cultura de um povo.
Não esqueço que a língua é um organismo vivo e em evolução. Mas as gramáticas (também as normativas) vão incorporando essa evolução. Também não esqueço que nas gramáticas normativas se apresenta um conjunto de regras aceites por um grupo socioculturalmente dominante e que podem considerar-se como "impostas" aos restantes grupos de falantes. Mas também existem hoje diversas gramáticas que fazem a descrição da variedade de ocorrências da língua.
Os falantes têm a liberdade de se afastar dessa norma dominante, cara consulente, mas, porque a língua não é um património individual mas social, colectivo, é nas gramáticas normativas que se pode encontrar a norma linguística cujo domínio é desejado pela generalidade dos falantes de qualquer comunidade.