Na obra Portugal – Dicionário Histórico, Corográfico, Biográfico, Bibliográfico, Heráldico, Numismático e Artístico (1904 – 1915), apresentam-se duas explicações para a origem do nome desta vila transmontana.
Refere-se aí que João de Barros, nas suas Antiguidades de Entre Douro e Minho, lhe dá por fundador um fidalgo de apelido Feijão, primo de S. Rosendo, fidalgo esse que morreu em 977 e que tinha por armas uns freixos e uma espada, tendo estes dado o nome e as armas à vila.
Por outro lado, segundo a tradição, um capitão godo, de nome Espadacinta, chegando àquele sítio, cansado de uma batalha e deitando-se à sombra de um grande freixo que ali havia, deu à árvore o nome de freixo de espada à cinta, o qual passou à povoação que ali se começou a fundar pouco depois, povoação essa que, em memória desse facto, tomou por brasão o freixo e a espada em campo de púrpura. No início do século XVIII, ainda se via junto da igreja matriz da vila um freixo colossal, cercado de assentos de pedra, que merecia grande estima aos habitantes, por o considerarem o mesmo freixo da lenda.
Na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, apresenta-se uma terceira explicação para o nome da vila, referindo-se que o rei D. Dinis, que fez edificar o castelo (em 1310), honrou a vila com a sua presença e aí pendurou a sua espada num freixo, que ainda hoje se conserva, por memória, vindo daí o nome da vila. Na obra Portugal Passo a Passo: Trás-os-Montes e Alto Douro, acrescenta-se que a corte estava junto do rei observando um majestoso pôr-do-sol (majestoso por razões óbvias) e, antes que partissem de novo, um dos imaginativos trovadores que acompanhavam sempre o nosso rei-poeta lembrou que o freixo, a contra-luz, tinha uma forma singular:
“Parece mesmo um freixo de espada à cinta!”
O nome ficou. O freixo também ainda lá está, dizem, junto ao castelo.