Recomendo, por razões etimológicas, o uso de fraga, para designar penedos ou conjuntos rochosos, mas não me parece que frágua seja claro erro de expressão.
O Dicionário Houaiss apresenta efetivamente a forma frágua como equivalente a fraga, que tem o seguinte comentário etimológico: «segundo Corominas, depreendido do adj[etivo] lat[ino] fragōsus, a, um, "áspero, escarpado, rochoso", registra-se no lat[im] h[i]sp[ânico] o subst[antivo] fragum, "local ou terreno de rochas e penhascos" (cf. cat[alão] e prov[en]ç[al] frau ou afrau "id."), de cujo pl[ural] fraga procede o port[uguês] e gal[e]g[o] fraga, "terreno escarpado e rochoso, penhasco, rocha".» Note-se, porém, que a variante frágua recebe, no dicionário em referência, uma nota etimológica que a remete para um homónimo, frágua, no sentido de «fornalha de ferreiro; forja» e, por extensão de sentido, «ardor, calor; fogo», cuja etimologia remonta a «lat. fabrĭca, ae, "oficina de ferreiro", segundo [Antenor] Nascentes através das f[ormas] *favrega, fravega (arc.), *fragova». É, pois, provável que frágua, como variante de fraga, seja o resultado da extensão semântica do homónimo frágua, «forja», talvez motivada pela semelhança fónica (paronímia) entre frágua e fraga.