Estejamos, sejamos, tenhamos, possamos, façamos, partamos, etc. são todas estas formas acentuadas na desinência, de acordo com a etimologia, pois o a das terminações latinas -amus do presente do conjuntivo era longo, o que tornava tónica a sílaba de que fazia parte. Isto não quer dizer que, daqui a um milénio (quem sabe!), a analogia com as formas do singular e com a terceira pessoa do plural não faça recuar o acento para a vogal da antepenúltima sílaba (como a fala popular já procede), tal como sucedeu com o pretérito imperfeito do indicativo: as formas latinas /erámos/, /tenebámus/, etc., na passagem para o português tornaram-se esdrúxulas (/éramos/ por /eramos/, /tínhamos/ por /tinhamos/, etc.), por analogia com o lugar do acento nas pessoas do singular e na terceira do plural (por exemplo, eram, eras, erat, erant), que incidia no e do radical e foi mantido no português (era, eras, eram)