Ditongo éi, novamente
Começo por agradecer a vossa resposta de 3/07/01 às minhas perguntas sobre este assunto. Fiquei esclarecido. De facto, nunca tinha notado a distinção entre dois tipos de pronúncia em Portugal, mas a verdade é que não sou de Lisboa nem de Coimbra.
Noto, porém, que se assim é a ortografia portuguesa instituída em 1910 parece-me um pouco incoerente. Porquê diferenciar graficamente entre os dois tipos de ditongo só em alguns casos excepcionais, deixando na dúvida os outros (como "ideia")? Neste aspecto, parece-me que a ortografia brasileira é mais consistente. (Mas não estou a incitar ninguém a adoptá-la aqui em Portugal.)
A propósito, ao contrário do que foi afirmado na resposta à minha pergunta anterior, eu nunca afirmei que o som "éi" não existia em Portugal. Aquilo que julgava era que as pessoas, que porventura o usassem, não usariam nenhum dos outros, da mesma forma que as pessoas que pronunciassem “âi” nunca pronunciariam “éi” nem “êi”, e as pessoas que pronunciassem “êi” nunca pronunciariam “âi” nem “éi”.
Os meus agradecimentos.
