Rui Gouveia responde-lhe assim, em discurso directo:
– O melhor é mesmo não repetir o travessão, para não dar a ideia de que a palavra passou para outro interlocutor.
Não me parece que a ausência de qualquer sinal nesta situação dê a impressão de passar para discurso indirecto, como tento ilustrar neste modo em que lhe respondo.
Vou terminar agora o discurso directo e passar a responder-lhe em discurso indirecto.
Rui Gouveia diz-lhe que esta passagem para o discurso indirecto se percebe melhor antecedida de espaço, como acabou de fazer. Diz-lhe também que, se não for possível, por questões gráficas, a inclusão desse espaço, há outra maneira de marcar o discurso directo, que é colocá-lo entre aspas. Diz ele que, dessa forma, não haverá qualquer dúvida sobre o local onde termina o discurso. Nesse caso, sim, deverá repetir a abertura de aspas em cada parágrafo, e só no fim de tudo é que fechará as aspas, como no seguinte exemplo do mesmo discurso lá de cima:
«O melhor é mesmo não repetir o travessão, para não dar a ideia de que a palavra passou para outro interlocutor.
«Não me parece que a ausência de qualquer sinal nesta situação dê a impressão de passar para discurso indirecto, como tento ilustrar neste modo em que lhe respondo.
«Vou terminar agora o discurso directo e passar a responder-lhe em discurso indirecto.»