A Linguística é uma ciência muito abrangente e que se tem preocupado com os fenómenos linguísticos do passado e do presente. Ainda não se preocupou nem se preocupa em fazer futurologia.
Muitos investigadores procuraram estabelecer a ligação entre as diferentes épocas e especularam sobre as formas hipotéticas para as quais não conheciam registos.
Sobre especulações que procuraram prever o futuro no domínio linguístico, não possuímos informações.
É natural que a fonética seja o principal campo da mudança linguística visto que as línguas são fundamentalmente orais.
A fonética de uma língua é muito mais ampla que a ortografia. Enquanto a ortografia se pode normalizar e codificar, a fonética é muitíssimo mais abrangente porque inclui os regionalismos, os plebeísmos, as gírias e até os dialectos (saberes linguísticos actualizados pelos falantes, pois cada um de nós possui formas próprias que revela nos actos de fala).
Curiosamente, gostaria de investigar quais as incorrecções que não são fruto da história da língua, dos regionalismos, dos plebeísmos ou das gírias.
As incorrecções são normalmente históricas e sociais.
As incorrecções pessoais derivam sobretudo de dificuldades de audição ou de utilização do aparelho fonador.
A correcção linguística é hoje encarada de uma forma diferente daquela que existiu no passado. Há maior preocupação com a comunicação e menor cuidado com os aspectos formais. Todas as línguas estão sujeitas a mudanças e interferências entre as classes sociais, as profissões, as regiões, etc.
Os estudos linguísticos podem ser feitos segundo duas linhas fundamentais.
A linha diacrónica que estabelece a relação do passado com o presente e a linha sincrónica que dá relevo a uma dada época.
Actualmente, fazem-se estudos linguísticos sobre as realizações correntes dos falantes enquanto anteriormente se estabeleciam regras tendo por base o nível linguístico dos eruditos e da classe culturalmente dominante.
Muitos linguistas estão a trabalhar no domínio da Pragmática que se interessa pelas particularidades qu[co]otidianas. Os seus estudos completam os trabalhos mais especulativos, românticos e generalistas feitos anteriormente.