Em conformidade com a norma culta do português brasileiro, usa-se o oblíquo tônico si – obrigatoriamente antecedido de preposição, como qualquer oblíquo tônico – tão somente quando o sentido é de reflexividade, referindo-se ao sujeito da oração. Não há nisso corrupção alguma.
Veja três exemplos:
– Ele só pensa em si.
– Os policiais levavam perto de si as armas.
– Aquelas senhoras deram a si a liberdade de nos dizer algumas verdades.
Sobre a frase «Todos os amigos estão contra ele», não há erro algum do ponto de vista formal. O sentimento de que esse uso não apresenta reflexividade está correto. Portanto, num contexto de linguagem corrente, não me parece adequado nessa construção o uso do oblíquo tônico si.
No que tange aos demais oblíquos tônicos, é um fato da língua o aparecimento inevitável de uma preposição antecedendo-os:
– Amo a mim mesmo.
– Gosto de ti.
– Elas sairão com nós todos.
– Para eles, tudo é diferente.