Segundo Mateus e outros, Gramática da Língua Portuguesa, p. 616, «o nome facto [...] pode selecionar como argumento frases completivas [...] introduzidas por de [...]. Surpreende-me o facto de que os meus amigos não tenham sido convidados; O João lamenta o facto de que os colegas não tenham apoiado a proposta; O mal-estar é atribuível ao facto de que as negociações permanecem secretas».
Seguindo esta linha de raciocínio, verificamos, portanto, que a oração sugerida pela estimada consulente deverá ser classificada como subordinada completiva, ou, de acordo com a tradição gramatical luso-brasileira, subordinada substantiva, introduzida pela conjunção integrante que (por ex., Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 596 e seguintes).
Ainda a propósito das orações subordinadas completivas/substantivas, aconselho vivamente a leitura desta resposta de Carlos Rocha, que me parece bastante elucidativa.
Em jeito de nota final, julgo que será pertinente dar conta da seguinte nota – em português europeu, a frase sugerida pela consulente deverá ter formulações ligeiramente diferentes: «O mais importante é o facto de que os homens se estejam a abrir para novos temas», ou «O mais importante é o facto de os homens se estarem a abrir para novos temas».