Na escrita dos números por extenso, a conjunção aditiva e significa mais. Assim, o número que indicou: 10 510,10 deveria escrever-se por extenso: dez mil e quinhentos e dez reais e dez centavos; mas é costume os milhões e os milhares serem simplesmente separados com vírgula, ficando o e subentendido: dez mil, quinhentos e dez reais e dez centavos.
No caso de se tratar de valor mais elevado, por exemplo 92 521 312,5 EUR, eu escreveria esta importância por extenso: noventa e dois milhões, quinhentos e vinte e um mil, trezentos e doze euros e cinquenta cêntimos.
Ao seu dispor,
D'Silvas Filho
N. E. (15/11/2022) – Sobre a presença de e nos numerais cardinais, a Gramática do Português (Fundação Calouste Gulbenkian, 2013-2020, p. 932/933) identifica o seguinte uso, que é o mais corrente e, portanto, pode ser visto como o mais correto: «[...] a conjunção e liga os numerais que denotam as diferentes ordens (centenas, dezenas e unidades) de uma mesma classe [ex. 321 – trezentos e vinte e um]. Liga também as duas classes mais à direita do numeral que contenham valores expressos (ou seja, com casas preeenchidas com algarismos diferentes de zero) quando a segunda termina em dois zeros [...] [ex. 1300 – mil e trezentos; 2 300 000 – dois milhões e trezentos mil] ou quando começa por zero [...] [ex. 20 000 – mil e vinte; 1021 – mil e vinte e um; 1001 – mil e um; 2 007 000 – dois milhões e sete mil). Nos outros casos, a conjunção é omitida entre as classes [ex. 2 236 321 – dois milhões, duzentos e trinta e seis mil trezentos e vinte e um].»