Vejamos, então, a frase: a) O chefe do clã faz os membros da família casarem-se entre si. O infinitivo tem de ser flexionado para se poder empregar no plural, visto que o sujeito, subentendido, é também do plural: são as pessoas que se casam. Vejamos com o verbo não flexionado: b) O chefe do clã faz os membros da família casar-se entre si. Então não é verdade que há, na frase b), erro de concordância do verbo? Que mal há em haver pleonasmo empregando-se entre si? O pleonasmo só não se deve empregar, quando não é necessário. Se nesta frase o omitirmos, podemos é interpretar que o casamento será inteiramente aceite se não foi entre pessoas do clã. O emprego do pleonasmo é correctíssimo, quando dá força, energia, entusiasmo àquilo que se diz. Ex.: Tocam à campainha. A dona da casa carrega no botão do trinco da porta e ela abre-se. Entusiasmada, diz: – És tu, João? Sobe cá para cima! Outros exemplos: – Ó rapaz, sai daí para fora, que podes cair! – O quê! Tu dizes-me isso a mim? São tantos e tantos os pleonasmos que os melhores escritores de língua portuguesa empregaram! – Tanto portugueses como brasileiros. O que é necessário é sabermos quando não os devemos empregar.