Recomenda-se Burquina Fasso, com dois ss.
Para o português de Portugal, dois recursos com poder normativo reconhecido – o Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (Instituto Internacional da Língua Portuguesa – IILP) e o Código de Redação para o uso do português na União Europeia – legitimam a forma Burquina Fasso.
Persiste, não obstante, a variação nos registos lexicográficos: Burquina (sem o elemento Fasso) constitui a forma fixada pelo Vocabulário Onomástico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras; no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, consignam-se a mesma forma bem como Burkina Fasso, quando se define burquinense e burquino, nomes e adjetivos pátrios deste país; e, tanto no Dicionário Infopédia de da Língua Portuguesa como no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, continua a escrever-se Burquina Faso, com um s, nas definições de burquino, burquinês, burquinense e burquinabê. Entre estes últimos vocábulos, todos corretos, destaca-se burquino em usos oficiais, como se pode verificar no já mencionado Código de Redação insterinstitucional, onde é a única forma registada.
N. E. – Em 28/07/2020, a resposta acima substituiu uma outra de F. V. Peixoto da Fonseca que, entretanto, ficara desatualizada. Reproduz-se adiante o texto de 16/02/2000:
«Pouco posso dizer acerca deste assunto.
Claro que o nome do país se deve aportuguesar, possivelmente em Burquina Faso, dando ao s o som do nosso s intervocálico. Não faço ideia de como se chamam os naturais do país, mas em português o melhor é denominá-los burquineses.»
Note-se que, à data em que este parecer foi redigido, a grafia do nome do país em causa ainda não estava estabilizada.