Assignar - segundo lembra o dr. Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca - é a forma antiga (anterior a 1911) do verbo assinar. Hoje, escreve-se assinar e significa atribuir, fixar, determinar, aprazar, dar, designar, marcar, intimar, aplicar, repartir, distribuir, mostrar, apontar, etc.
Quanto ao vocábulo implementar, já aqui se recordou (cf. Respostas Anteriores) que provém do inglês to implement. Só razões de gosto e de estilo (eu, anti-implementar primário, me confesso…) podem condicionar o seu uso. De resto, nada a haver contra o seu "afeiçoamento" português, na linha da doutrina de Rodrigues Lapa, sobre os neologismos. Se temos também o substantivo implemento (do latim implementu-) e implementação, por que não o verbo implementar?
O problema (eu, anti-implementar primário, volto a confessar-me…) é que o implementar, ou melhor, a moda do implementar, em nada veio enriquecer a nossa língua, como acontece sempre que entram novos termos no vocabulário mais comum ou específico. Antes pelo contrário.
O problema do implementar, esse palavrão feio e sem alma, está exactamente no que diz, caro consulente: quem o emprega, a torto e a direito, para tudo e para nada, às tantas, até acha que não há palavra correspondente em português. Nada mais errado: há e muitas, qual delas a mais expressiva segundo o respectivo contexto! Executar, efectuar, fazer, completar, cumprir (cumprimento de contrato, no caso de implementação); desenvolver; fazer algo; apetrechar; tomar; vigorar; etc., etc., etc.
Quer melhor prova de empobrecimento da nossa língua, por via de um estrangeirismo tão totalitário?