A língua portuguesa é constituída por um conjunto de situações que não são necessariamente previstas pela norma e que decorrem, acima de tudo, da intenção comunicativa subjacente. Na situação em apreço é sobretudo o contexto que nos permite optar por uma solução ou por outra. Imaginemos que é posto a concurso um lugar de realizador. Os vários concorrentes seriam aspirantes a realizador ou ao lugar de realizador. Imaginemos agora uma escola em que um grupo de jovens aprende a ser realizador. Neste caso creio que se admitiria a expressão aspirantes a realizadores, veiculando assim a pluralidade da situação e deixando subjacente a ideia de que todos conseguirão os seus objectivos.
Quando preenchemos um boletim do totoloto, nós somos aspirantes ao prémio, se só pensarmos no primeiro prémio, mas somos aspirantes aos prémios se no nosso horizonte estiver a obtenção de qualquer um dos prémios.
Lamento não ter uma resposta mais linear para si, prezada consulente, e estou certa de que fará a melhor escolha.